domingo, 21 de março de 2010

O Corpo

Olá caros leitores!

Hora de limpar as teias de aranha do meu bloguinho... Mais uma vez...

Engraçado que apesar do tempo que fiquei ociosa não tinha vontade de ficar na frente do computador, tinha outras coisas melhores para fazer fora dele.

Mas um dia nesta semana comecei a cair em meus devaneios quando cheguei uma conclusão: só reparo no meu corpo quando quero mudá-lo. E mudá-lo sempre por questões estéticas. Nunca parei para de fato apreciá-lo. Não, caros leitores, vocês não verão aqui o prelúdio de literatura erótica. Apenas uma opinião.

Hoje completo 8 dias de uma cirurgia de apêndice - Apendicectomia. E nestes dias que estava operada nunca parei para, de fato, pensar que nosso corpo é perfeito e funciona bem, graças ao sistema nervoso autonomo e blá blá blá. Ter um corte de 4,5cm no meu abdomen fez eu perceber que preciso dele íntegro para levantar da cama, caminhar com minha postura altiva e até falar em voz alta. Além de 30 milhoes de funções que não vou falar aqui. E que meu corpo está bem do jeito que está, uma celilite aqui, estrias dali... Porém todas as funções internas estão funcionando perfeitamente!

Comecei a analisar a questão da dependência. Graças a minhã mãe tive um pos operatorio maravilhoso. Mas fico pensando: e se eu estivesse só? Minhas amigas certamente ajudariam, mas não estariam "em sacerdócio" para me ajudar a me levantar da cama por exemplo. E fiquei pensando nas pessoas acamadas, que dependem da boa vontade do próximo que nem sempre está com boa vontade. Comecei a pensar no meu ambiente de trabalho, numa enfermaria - ou melhor enferNaria - que muitos "profissionais" não conseguem segurar a barra e quem paga o pato é o paciente. Percebi que ninguém está de fato sozinho, ou como diria a frase de uma amiga "eu me basto" nem sempre pode ser aplicada...

Pensei, pensei, pensei... E escrevi este post. Mas o que quero dizer com ele? Nem eu sei!

Um desabafo, talvez...

Beijos e mordidinhas, caros leitores!